terça-feira, 13 de janeiro de 2009

O futuro

Ela caminha pelas ruas quentes da cidade sob o céu azulado de mais um dia comum. Enquanto ouve uma música qualquer, sonha com o futuro almejado. Pensa como seria a vida lá.
Ela se contentaria com qualquer lugar tranquilo, com árvores, com rascunhos de canções, com livros, poesias e com sonhos pequenos ou grandes, mas com sonhos.

Ela estaria feliz com a união de duas vidas em uma só. Sem a pressa de ter que provar para alguém seus anseios, seus objetivos e tudo que está envolto nisso.

Ela imagina as crianças correndo, os carros passando, a liberdade de escolha, sem máscaras, sem hipocrisia, sem ideias pré-concebidas. E por mais que essa liberdade lhe pareça estéril, ainda assim lhe agrada bastante. Com os olhos quase fechado, como se sua alma estivesse fazendo força, ela torce para que esse futuro chegue logo.

Já na varanda de sua pequena casa ela desenha, sem muito talento, as possibilidades do amanhã. Não que seja vidente, mas vislumbra seus mais intensos desejos. Os pensamentos sem forma misturam-se com a fumaça que sai da xícara de café deixada cuidadosamente ao seu lado.

O delicado frio da noite que se aproxima chega até ela com a brisa leve do fim de tarde. Pega com cuidado a xícara quente de café e bebe um grande gole. O calor foi embora.

Ela sabe que independente de qual seja o futuro, que ele sirva para fazê-la sempre ainda mais forte.

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