Ela adormeceu, mas a gargalhada dela ainda ecoa pelo quarto. E como é verdadeira. Incrível que ela não morre quando acaba. É possível ouvi-la mesmo no mais intenso silêncio. E ela, justamente, me dá a percepção de que tudo não é apenas um sonho.
Estou sob aquela luz pálida de um dia que termina. A pouca claridade se filtra pelas frestas da janela e suspiro, tentando assimilar a grandiosidade de tudo o que se passara.
A vida é outra, tem outro sentido. Me recostei melhor nos travesseiros e sorri. Tranquilamente. Esperando por respostas que passaria a vida para tentar encontrar. Antecipando o sabor de cada descoberta. O futuro me sorri, misterioso, imprevisível, inabalável.
Quero acertar. Desejo poder fazer tudo certo e aproveitar cada um dos dias que se descortinam à minha frente, como as promessas dessa tarde quente, ensolarada, sem nuvens ou perturbações.
Serei o melhor que puder. Sensata, corajosa, amorosa, criativa, brava, carinhosa, responsável. Errarei querendo acertar, acertarei quando achar que estiver errada. Terei hábitos saudáveis, mudarei o mundo, farei greve de fome, de sono e terei nessa nova condição o meu porto seguro. Farei mil coisas ao mesmo tempo. E não se cansarei de tentar, de repetir e de viver.
Agora, viro o rosto para o lado, na direção dos últimos raios de sol. Os mesmo que iluminam o frágil ser de respiração acelerada, olhos fechados e boca entreaberta. A pequenina está imersa em um sono tão tranqüilo, que só pode ser mesmo o resumo da própria felicidade.
sexta-feira, 11 de março de 2011
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2 comentários:
Deise querida, você tem o dom da escrita... E um sentimento e uma responsabilidade ímpar, às vezes penso se você não tem a mesma idade que eu está me enganando...
Beijos
Amiga, lindo! Quem sabe um dia eu possa sentir as mesmas coisas que tu nesses momentos. :) Bjão
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