segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Palavras

Deslumbram-me as palavras e a sua frágil consistência. Me dão vida o ar humilde que aparentam quando encaram a minha impertinência e sentimentos mais profundos.

Uso-as como quem percorre a casa, a sala, a cozinha. Somos amigas desde sempre. Desde um tempo em que tudo é muito vago e a vida era outra. Não existe entre nós qualquer reserva. Somos simplesmente amigas.

Por vezes, uma ou outra rebela-se e avança como se me julgasse alheia a sua imanente dignidade. Mas logo voltamos ao convívio cúmplice. Não há como haver distanciamento permanente entre nós. Nada do que ocorra anula o pacto que muito cedo firmamos, mútuas escravas que somos.

Um comentário:

Mauro Sérgio disse...

lindos pensamentos, adorei!

www.maurosergioetal.blogspot.com