quinta-feira, 25 de março de 2010
Simples assim
A cidade batucava baixinho para os dois se entrelaçarem em beijos e abraços. O rio parecia sereno, mas corria em uma violência interna que o plano da superfície ainda escondia. Os pássaros voavam nos turbilhões de ar, buscando o equilíbrio com as asas estendidas de um modo que lembrava uma dança. De tal forma evoluíam no nada, uns em torno dos outros. Uma borboleta pousa na janela e contrasta com o dia nublado. Livros, discos, filmes, olhares, roupas no chão. Além disso, a respiração em segredo e o sentimento de poder se deixar ausentar de pensamentos.
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Um comentário:
e existe coisa mais bonita do que dançar em silêncio, imóvel e imune? :)
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